18 de agosto de 2016

"Alter Christus", o sacerdote é outro Cristo no mundo.


"Alter Christus", diz que um sacerdote é outro Cristo no mundo.
O Ensinamento católico diz que um sacerdote é um alter Christus. Para dizer que o padre é um ('' outro Cristo '') parece à primeira audiência decididamente impetuosa e arrogante. Como pode alguém fazer uma reivindicação razoável para ser '' outro Cristo ''? Mesmo como uma questão de fé, isso parece uma afirmação estranha! Sim, seria bom para andar sobre a água, mas a maioria dos padres sabe bem que nós, como Pedro, só iria afundar sob as ondas.
A frase alter Christus é mais aplicada especificamente ao sacerdote quando celebra os sacramentos, especialmente a Eucaristia, de modo que quando um sacerdote celebra a Eucaristia é Cristo que transforma o pão e o vinho através do sacerdote falando as palavras da Instituição. A grande viagem de cada sacerdote é o movimento de compreender a si mesmo como um mero instrumento do Senhor para compreender a si mesmo como sendo um sacerdote à própria imagem de Cristo.
E sobre o padre que subjectivamente deseja tornar-se um sacerdote à própria imagem de Cristo? Que tipo de vida o espera? Que tipo de realidade poderia sua experiência alma? É suficiente para o sacerdote apenas para aceitar que ele é um instrumento, ou deve não também ser uma luta para conformar-se com Cristo Sacerdote?
A frase alter Christus realmente não é tão distante da vida cristã, depois de tudo. Todos os cristãos são chamados assim porque estamos '' pouco de Cristo '' no mundo em que nos encontramos. Será que não estamos a testemunhar Cristo por nossas vidas? Nem todos os são batizados de compartilhar a própria santidade de Cristo, para viver seus mistérios, para compartilhar seu sofrimento e paixão, e o melhor de toda a sua ressurreição?
O apelo do padre para estas coisas é duplamente imperativo, por causa dos grandes privilégios concedidos na Ordem. O bispo ordenante no rito da ordenação, na apresentação dos dons, diz ao homem para ser ordenado: '' Sabe o que você está fazendo, imitar o que vais celebrar. Modelar sua vida no mistério da cruz do Senhor ' '
 Em Cristo, eu poderia ser um padre me oferecendo - o meu sofrimento - para ele segundo a Sua vontade divina. Isso não é algo que eu escolheria para mim, mas sim algo que pela graça de Deus me pediram para viver. As dores físicas ,psicóticas e Filosóficas diária. Mas, como só Deus sabe, existem milhares de maneiras em que qualquer pessoa pode juntar-se o seu sofrimento ao de Cristo!
Celebrar a Eucaristia, portanto, in persona Christi, '' na pessoa de Cristo, '' assume muito mais significado quando um padre diz '' Isto é o meu Corpo que será entregue por vós '', desde que um padre também pode oferecer-se seus próprios sofrimentos.
Eu não posso ajudar, mas ceder à tentação de fechar com uma citação bastante famosa:

Oh como é grande o padre! . . . Se ele percebeu o que ele é, ele iria morrer. . . Deus obedece-lhe: ele pronuncia duas palavras e Nosso Senhor desce do Céu em sua voz, para ser contido dentro de um pequeno host. Sem o sacramento da Ordem, não teríamos o Senhor. Quem o colocou ali naquele sacrário? O padre. Quem acolheu a vossa alma no início da vida? O padre. Quem alimenta sua alma e lhe dá força para a jornada? O padre. Quem vai prepará-lo para aparecer diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O padre - sempre o sacerdote. E se a alma chega a morrer (como resultado do pecado), que irá levantá-lo, que irá restaurar a sua calma e paz? Mais uma vez o padre. Depois de Deus, o sacerdote é tudo! Apenas no céu ele vai realizar plenamente o que ele é (São João Vianney).

13 de junho de 2016

SANTO ANTÔNIO, RELIGIOSO, PRESBÍTERO E DOUTOR.



 
Era o dia 13 de junho de 1231. Um frade capuchinho, um filho de São Francisco, morria, em Pádua, vítima de hidropisia. Uma história ao menos comovente, não fosse à grandiosidade do personagem principal, um jovem sacerdote de cerca de 39 anos, o qual deixava a vida para subir aos altares.
Assim foi a vida de Santo Antônio, primeiramente como frade agostiniano, tendo ingressado como noviço (1210) no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde fez seus estudos de Direito. Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França. No ano de 1221 passou a fazer parte do Capítulo Geral da Ordem de Assis, a convite do próprio Francisco, o fundador, que o convidou também a pregar contra os albigenses em França. Foi transferido depois para Bolonha e de seguida para Pádua, onde faleceu.
Sua fama de santidade o levou a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e, sobretudo como notável orador e grande taumaturgo. Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, as referências ilustrativas que apresentava em seus sermões indicam que ele estava familiarizado com as obras de Plínio, o Velho, Cícero, Sêneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre outros autores clássicos, sendo versado em diversos aspectos das ciências profanas. Seu grande saber o tornou uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica de seu tempo. Foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano, e seu conselho era buscado pelo próprio São Francisco. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos.
Biografia
Santo António nasceu em Lisboa em data incerta, entre 1191 e 1195 (se aceita oficialmente a data de 15 de agosto de 1195), filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo, numa casa próxima da Sé de Lisboa, às portas da cidade, no local, assim se pensa, onde posteriormente se ergueu a igreja sob sua invocação. Também a forma de seu nome de batismo é obscura, pode ter sido Fernando Martins ou Fernando de Bulhões. Várias biografias escritas no século XV dizem que o pai era descendente do celebrado Godofredo de Bulhões, comandante da I Cruzada, e que a mãe descendia de Froila I, rei de Astúrias, mas embora fossem nobres e ricos, tal ascendência nunca pôde ser comprovada.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa), sob a direção dos cônegos da Ordem dos Regulares de Santo Agostinho. Como era a prática da ordem, deve ter recebido instrução no currículo das artes liberais do trivium e do quadrivium, o que certamente plasmou seu caráter intelectual. Ingressando ainda um adolescente como noviço da mesma Ordem, no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciou os estudos para sua formação religiosa. A biblioteca de São Vicente de Fora era afamada pela sua rica coleção de manuscritos sobre as ciências naturais, em especial a medicina, o que pode explicar as constantes referências científicas em seus sermões.
Poucos anos depois pediu permissão para ser transferido para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a fim de evitar distrações profanas, já que era constantemente visitado por amigos e parentes, e aperfeiçoar sua formação. Coimbra era na época o centro intelectual de Portugal, e ali ele deve ter se envolvido profundamente no estudo das Escrituras e nos textos dos Padres da Igreja. Nesta época entrou em contato com os primeiros missionários franciscanos, chegados a Portugal em 1217, e que estavam a caminho do Marrocos para evangelizar os mouros. Sua pregação do Evangelho no espírito de simplicidade, idealismo e fraternidade franciscana, e sua determinação missionária, devem ter tocado o sentimento de Fernando. Entretanto, uma impressão ainda mais forte ocorreu quando os corpos desses frades, mortos em sua missão, voltaram a Coimbra, onde foram honrados como mártires. Autorizado a juntar-se a outros franciscanos que tinham um eremitério nos Olivais, sob a invocação de Santo Antônio do Deserto, mudou seu nome para Antônio e iniciou sua própria missão em busca do martírio.
Sua missão
Por essa altura, decidiu deslocar-se ele também ao Marrocos, mas lá chegando foi acometido por grave doença, sendo persuadido a retornar. Fê-lo desalentado, já que não havia proferido um único sermão, não convertera nenhum mouro, nem alcançara a glória do martírio pela fé. No regresso, uma forte tempestade arrastou o barco para as costas da Sicília, onde encontrou antigos companheiros. Ali se quedou até a primavera de 1221, dirigindo-se com eles então para Assis a fim de participarem do Capítulo da Ordem – o último que seria feito com a presença do fundador.
Em Assis encontrou-se com São Francisco de Assis e os seus primeiros seguidores, um evento de grande importância em sua carreira. Sendo designado para um eremitério em Monte Paolo, na província da Romana, ali passou cerca de quinze meses em intensas meditações e árduas disciplinas.
Pouco depois aconteceu uma ordenação de frades em Forlì, quando deixou o isolamento e para lá se dirigiu. Até então os franciscanos não sabiam de sua sólida formação, mas faltando o pregador para a cerimônia, e não havendo nenhum frade preparado para tal, o provincial solicitou a Antônio que falasse o que quer que o Espírito Santo o inspirasse. Protestou, mas obedeceu, e dissertando para os franciscanos e dominicanos lá reunidos de forma fluente e admirável, para a surpresa de todos, foi de imediato destinado pelo provincial à evangelização e difusão da doutrina pela Lombardia. Entretanto, a prática franciscana desencorajava o estudo erudito, mas em novembro de 1223 o papa Honório III sancionou a forma final da Regra da Ordem Franciscana, onde uma formação mais aprimorada se tornou autorizada, desde que submissa ao trabalho manual, à prece e à vida espiritual. Recebendo a aprovação para a tarefa pastoral do próprio Francisco, fixou-se então em Bolonha, onde se dedicou ao ensino da teologia na universidade e à pregação. Deslocando-se em seguida para a França, ensinou nas universidades de Toulouse e Montpellier, passando também por Limoges.
Em 1226 assistiu ao Capítulo de Arles, e em outubro do mesmo ano, após a morte de Francisco, serviu como enviado da Ordem ao papa Gregório IX, para apresentar-lhe a Regra da Ordem. Em 1227 foi indicado provincial da Romana e passaram os três anos seguintes pregando na região, incluindo Pádua, para audiências cada vez maiores. Nesse período colocou por escrito diversos sermões. Em 1230 solicitou ao papa dispensa de suas funções como provincial para dedicar-se à pregação, reservando algum tempo para a contemplação e prece no mosteiro que havia fundado em Pádua. Sempre trabalhando pelos necessitados, envolveu-se também em questões políticas, a exemplo de sua viagem a Verona para pedir a libertação de prisioneiros guelfos feitos pelo tirano gibelino Ezzelino, e em 1231 persuadiu a municipalidade de Pádua a elaborar uma lei que impedia a prisão por dívidas se houvesse a possibilidade de compensação de outras formas.
Pouco depois da Páscoa de 1231 sentiu-se mal, declarou-se hidropisia e ele deixou Pádua para dirigir-se ao eremitério de Camposanpiero, nos arredores da cidade. Seus companheiros ergueram-lhe uma cabana no alto de uma árvore, onde permaneceu alguns dias. Percebendo que a morte estava próxima, pediu para ser levada de volta a Pádua, mas apenas tendo alcançado o convento das clarissas de Arcella, ali faleceu, em 13 de junho de 1231. As clarissas reclamaram seu corpo, mas a multidão acabou sabendo de seu passamento, tomou-o e o levou para ser sepultado na Igreja de Nossa Senhora em Pádua. Sua fama de santidade era tamanha que foi canonizado logo no ano seguinte, em 30 de maio, pelo papa Gregório IX. Os seus restos mortais repousam desde 1263 na Basílica de Santo Antônio de Pádua, construída em sua memória logo após sua canonização. Quando sua tumba foi aberta para iniciar o processo de translado, sua língua foi encontrada incorrupta, e São Boaventura, presente no ato, disse que o milagre era prova de que sua pregação era inspirada por Deus. E incorrupta está até hoje, em exposição na Capela das Relíquias da Basílica. Foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII em 16 de janeiro de 1946 e é comemorado no dia 13 de junho.
Sua pregação, seus escritos e a presença contemporânea de sua obra.
Entre suas várias qualidades, chamou a atenção de seus contemporâneos seu admirável dom como pregador. Muitas descrições de época referem o fascínio que sua fala exercia sobre as multidões de pessoas simples e também sobre clérigos doutos, e embora o efeito de sua oração à viva voz não possa mais ser recuperado, seu estilo e os conteúdos que abordava podem ser conhecidos em parte através dos 77 sermões que sobreviveram e constam em sua obra publicada em edição crítica, Sermões Dominicais e Festivos, e que são considerados autênticos, conforme disse José Geraldo Freire. São textos eloquentes, persuasivos, cheios de zelo messiânico, sendo frequentes a defesa do pobre e a reprimenda do rico, e o combate às heresias de seu tempo, como as dos albigenses e valdenses, com uma eficácia tanta que lhe foi dado o apelido de malleus hereticorum (o martelo dos heréticos).
Embora a tradição atribua seu dom à inspiração divina, não é possível deixar de considerar o importante papel que sua formação erudita desempenhou neste aspecto de sua vida e obra. A análise das referências que fez em seus escritos, junto com o levantamento das fontes literárias presentes em seu tempo nas bibliotecas que frequentou especialmente a de Santa Cruz, atesta sem sombra para dúvidas que sua preparação intelectual foi ampla e profunda.
Além de um conhecimento detalhado da Bíblia, dos escritos dos Padres da Igreja e outros escritores cristãos, são encontradas citações de clássicos como Aristóteles, Cícero, Catão, Sócrates, Dioscórides, Donato, Eliano, Escribônio, Euquério de Lião, Festo Solino, Filão de Alexandria, Tibulo, Sérvio, Públio Siro, Juvenal, Plínio, o Velho, Varrão, Sêneca, Flávio Josefo, Horácio, Ovídio, Lucano e Terêncio. Seu conhecimento das ciências naturais ultrapassa em muito o currículo regular das artes liberais medievais, aprofundando-se em áreas como a medicina, a física, a história natural, a cosmografia, mineralogia, zoologia, botânica, astronomia e óptica.
Nas palavras de José Antunes, “Santo Antônio de Lisboa, embora muito festejado e venerado como santo pelo povo é menos conhecido como um homem de cultura literária invulgar e como um verdadeiro intelectual da Idade Média. Reveladora dessa cultura ímpar é a sua obra escrita, cheia de beleza e densidade de pensamento, como nos testemunha os seus Sermões, autênticos tesouros da Literatura e da História. Vasta, profunda, extraordinária, a respeito da Sagrada Escritura. Ampla, variada e bem apropriada nas transcrições dos Padres da Igreja e dos Autores Clássicos. Impressionante, para o tempo, não apenas pelo conhecimento que revela das ciências naturais e das humanidades, mas igualmente pelo erudito discurso sobre noções jurídicas, como Poder, Direito e Justiça”.
Naturalmente, era fiel à ortodoxia cristã. Apesar de sua extensa cultura profana, considerava a Escritura sagrada a fonte da ciência superior, da verdadeira ciência, da qual todas as outras eram meras servas e simples coadjutoras no trabalho da Salvação. Por isso deu grande importância a uma boa exegese do texto sagrado, privilegiando a extração do seu sentido moral. Nota-se ainda em sua obra alguns dos primeiros sinais de um progressivo abandono do pensamento medieval, que apresentava o homem e o mundo como desprezíveis e fontes do pecado, abrindo-se a uma apreciação mais positiva da vida concreta e do relacionamento humano, entendendo o ser humano como uma maravilhosa obra divina.
Na análise de Pedro Calafate, “Santo António não olvidará a excelência da contemplação, mas sublinhará não obstante a circunstância terrena do homem como corpo e alma, sem deixar de considerar que a abertura à exterioridade não transforma o amor aos outros e às criaturas no apego à posse das coisas, estando neste caso o culto da pobreza, nomeadamente as críticas severas que dirigiu aos prelados e dignatários eclesiásticos, por se comprazerem nos luxos do século. Tratando-se de uma espiritualidade que não olvidou a dimensão prática e vivencial, equacionou também a relação entre a ação e a contemplação no quadro da mística. Filha da vontade e do amor, numa alienatio mente que supera o plano estritamente racional para que a alma, inteiramente conduzida pela graça, contemple Deus como em espelho ou em enigma, a mística tampouco representará uma renúncia à vida ativa, nem às exigências da vertente racional do homem, porque a alma volta e regressa à vida ativa para realizá-la com maior perfeição, numa confluência entre o entender e o contemplar, o saber e a sabedoria”.
Contudo, é de dizer que na forma como chegaram, os ditos sermões são antes um manual didático para os noviços do que transcrições de sermões verdadeiramente proferidos. Foram produzidos para seus alunos, para instruí-los na arte predicatória, a fim de que depois eles pudessem converter com sucesso os pecadores e infiéis à fé cristã. Apesar disso, eles possuem em seu conjunto pouca ordem sistemática.
Os sermões são ainda um precioso documento de época, muitas vezes fazendo alusões às transformações sociais e econômicas que ocorriam durante aquele período, atestando o crescimento das cidades, o florescimento das atividades artesanais e do comércio, o surgimento das corporações de ofícios, as diferenças de classes. Além dos conteúdos sacros, que ainda preservam seu caráter inspirador, tais alusões – onde surge aguda crítica social na condenação da avareza, da usura, da inveja, do egoísmo, da falta de ética na administração pública, dos falsos moralistas e hipócritas, dos maus pastores de almas, do orgulho dos eruditos, dos ricos ensimesmados em sua opulência que oprimem e excluem os pobres do tecido social – são responsáveis pelo valor perene e atual de seus escritos, sendo passíveis de imediata identificação com muitas circunstâncias e contradições da vida contemporânea.
Tradição taumatúrgica, iconografia e veneração.
Diz à tradição que em sua curta vida operou muitos milagres, como seguem alguns exemplos. Certa feita, meditando à beira-mar sobre a frequente aparição da imagem do peixe nas Escrituras, os peixes teriam se reunido a seus pés para escutá-lo. Teria restaurado um campo de trigo maduro para colheita que fora estropiado por uma multidão que o seguia; teria protegido milagrosamente seus ouvintes da chuva que caía durante um sermão, e uma mulher impedida pelo marido de ir ouvi-lo pôde escutar suas palavras a quilômetros de distância. Outros milagres populares são: quando em disputa com um herege albigense sobre a presença ou não do Deus vivo na hóstia consagrada, o herege, chamado Bonvillo, disse que se uma mula, tendo passado três dias sem comer, honrasse uma hóstia em detrimento de uma ração de aveia, ele acreditaria no santo. Segundo a história, assim que a mula foi liberta de seu cercado, faminta, desviou-se da ração e ajoelhou-se diante da hóstia que Antônio lhe mostrava. Restaurou o pé amputado de um jovem; soprou na boca de um noviço para expulsar as tentações que sofria, confirmando-o em sua vocação; quando hereges colocaram veneno em sua comida para verificar sua santidade, o santo fez o sinal da cruz sobre o alimento, comeu-o e nada sofreu, para o vexame dos seus tentadores. Outro milagre famoso trata-se da aparição do Menino Jesus ao santo durante uma de suas orações, uma cena multiplicada abundantemente em sua iconografia.
Também é bastante conhecido um milagre ocorrido durante sua pregação num consistório diante do papa, inúmeros cardeais e clérigos, e gentes de várias nações, quando, discorrendo com sutilíssimo discernimento sobre intrincadas questões teológico, todos ouviram sua pregação na sua própria língua materna.
Na ocasião, diante de tão assombroso fenômeno, que parecia uma reedição do Pentecostes bíblico, o papa o teria chamado de “a arca do Testamento, o arsenal da Sagrada Escritura”.
A sua representação iconográfica de longe mais frequente é a de um jovem tonsurado envergando o hábito dos frades franciscanos, segurando o Menino Jesus sobre um livro ou entre os braços, a quem contempla com expressão terna, e tendo uma cruz, ou um ramo de açucenas, na outra mão. Esses atributos podem ser substituídos por um saco de pão, que distribui entre pobres ou idosos.
É considerado padroeiro dos amputados, dos animais, dos estéreis, dos barqueiros, dos velhos, das grávidas, dos pescadores, agricultores, viajantes e marinheiros; dos cavalos e burros; dos pobres e dos oprimidos; é padroeiro de Portugal, e é invocado para achar-se coisas perdidas, para conceber-se filhos, para evitar naufrágios, para conseguir casamento.
A devoção popular o colocou entre os santos mais amados do Cristianismo, cercou-o de riquíssimo folclore e lhe atribui até os dias de hoje inúmeros milagres e graças. Igrejas a ele consagradas se multiplicam pelo mundo, tem vasta iconografia erudita e popular, a bibliografia devocional que ele inspira é volumosa, e em sua homenagem uma quantidade incontável de pessoas recebeu o nome Antônio, além de inúmeras cidades, bairros e outros logradouros públicos, empresas e mesmo produtos comerciais em todo o mundo também terem seu nome.
É um dos santos honrados nas popularíssimas Festas Juninas e diversos costumes folclóricos estão ligados ao santo. A título de exemplo, no Brasil moças casadoiras retiram o Menino Jesus das estátuas e só o devolvem quando arrumam casamento; uma prece especial, os “responsos”, são feitos para que ele ajude a encontrar objetos perdidos; no dia de sua festa muitas igrejas distribuem um pão especialmente abençoado, os “pãezinhos de Santo Antônio”, que deve ser guardado em uma lata de mantimentos para que não falte alimento na casa.
Ele teve inclusive uma brilhante carreira militar póstuma. Inúmeras cidades da Espanha, Portugal e Brasil lhe conferiram títulos militares, condecorações, insígnias e outras honrarias, iniciando-se o curioso hábito quando o regente Dom Pedro ordenou em 1668 que ele fosse recrutado e assentasse praça como soldado raso no II Regimento de Infantaria em Lagos, sendo promovido sucessivamente a capitão e coronel. Com o posto de tenente-coronel, sua imagem foi levada pelo XIX Regimento de Infantaria em Cascais à frente dos combates da Guerra Peninsular, recebendo depois uma condecoração. Dom João VI, apos o feliz desembarque no Brasil em sua fuga da invasão napoleônica, o nomeou sargento-mor, promovendo-o depois a tenente-coronel. No Brasil foi onde recebeu mais títulos, recebendo inclusive soldo em vários locais até depois de proclamada a República. Em Igarassu foi nomeado oficialmente Protetor da Câmara de Vereadores.
Ladainha de Santo Antônio    
Senhor, tem piedade de nós.
Cristo, tem piedade de nós.
Senhor, tem piedade de nós.
O Cristo, nos ouça.
O Cristo, graciosamente nos atenda.
Ó Deus o Pai do Céu:
Tem piedade de nós.
Ó Deus o Filho, Redentor do mundo:
Tem piedade de nós.
Ó Deus, o Espírito Santo:
Tem piedade de nós.
Ó Santíssima Trindade, um Deus:
Tem piedade de nós.
Santa Maria, orai por nós.
Virgem Imaculada, orai por nós.
Mãe e Senhora da nossa Ordem, orai por nós.
Santo Antônio de Pádua, rogai por nós.
Santo Antônio, glória do Frades Menores, rogai por nós.
Santo António, filho maior de São Francisco, rogai por nós.
Santo António, amigo do Santo Menino Jesus, rogai por nós.
Santo Antônio, devoto de Nossa Senhora, rogai por nós.
Santo Antônio, mensageiro do Sagrado Coração, rogai por nós.
Santo António, santo profeta de Deus, rogai por nós.
Santo Antônio, médico de verdade divina, rogai por nós.
Santo António, pregador da graça, rogai por nós.
Santo Antônio, detentor das Escrituras, rogai por nós.
Santo Antônio, Arca da Aliança, rogai por nós.
Santo Antônio, martelo dos hereges, rogai por nós.
Santo António, o terror dos infiéis, rogai por nós.
Santo Antônio, horror dos espíritos malignos, rogai por nós.
Santo Antônio, pesquisador da consciência, rogai por nós.
Santo Antônio, consolador do aflito, rogai por nós.
Santo Antônio, delicado os santos, rogai por nós.
Santo António, exemplo de obediência, rogai por nós.
Santo Antônio, gema de pobreza, rogai por nós.
Santo Antônio lírio de castidade, rogai por nós.
Santo Antônio, máximo de paciência, rogai por nós.
Santo Antônio, violeta da humildade, rogai por nós.
Santo Antônio apóstolo do Salvador, rogai por nós.
Santo António, mártir no desejo, rogai por nós.
Santo Antônio, confessor da Fé, rogai por nós.
Santo Antônio, virgem na alma, rogai por nós.
Santo Antônio, localizador de coisas perdidas, rogai por nós.
Santo Antônio, ajudante de todos os que o invocam, rogai por nós.
O Cordeiro de Deus, tiras os pecados do mundo:
Salvai-nos, ó Senhor.
O Cordeiro de Deus, tiras os pecados do mundo:
Ouvir-nos, ó Senhor.
O Cordeiro de Deus, tiras os longe os pecados do mundo:
Tenha piedade de nós.
V. Rogai por nós, ó abençoado Antônio. Aleluia.
R. Que nós possamos ser dignos das promessas de Cristo. Aleluia.
Oremos.
Onipotente e eterno Deus, que tens glorificado teu fiel confessor e doutor Antônio com o perpétuo dom de operar milagres, graciosamente conceda-nos, pois estamos confiantes de que o que procuramos através de seus méritos, poderemos certamente receber por sua intercessão.
Através de Cristo, Nosso Senhor. Amém.

27 de maio de 2016

Origem da festa de "Corpus Christi"




A Festa de “Corpus Christi” é a celebração em que solenemente a Igreja comemora o Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Nesta festa os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.

Aconteceu que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, ocorreu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.

O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, pronunciou diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”.

Em 11/08/1264 o Papa aprovou a Bula “Transiturus de mundo”, onde prescreveu que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. O Papa era um arcediago de Liège e havia conhecido a Beata Cornilon e havia percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos.

Em 1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de “Lírio das Catedrais”. Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em todo o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

Por: Carlos Eduardo

As aparições de Kibeho - Nossa Senhora da Africa


Em muitas manifestações sobrenaturais, Nossa Senhora alerta, como Mãe, sobre a proximidade da punição; mas Ela não pode opor-se à justiça divina, quando os pecadores não cessam de ofender a Deus. Não correspondendo à advertência, o castigo se descarrega sobre os homens.
Alphonsine Mumureke, uma das videntes, fala das aparições aos habitantes de Kibeho
São 12:35 h do dia 28 de novembro de 1981, na localidade de Kibeho, em Ruanda, pequeno Estado localizado bem no coração da África. No refeitório da escola religiosa que frequenta, Alphonsine Mumureke, de 17 anos, ouve uma voz: “Minha filha!”.
Julgando estranho esse chamado, a adolescente dirige-se ao corredor do edifício e encontra uma linda Senhora. Esta aparece toda vestida de branco, com um véu em torno do pescoço, as mãos juntas sobre o peito como em oração.
Alphonsine pergunta-lhe: “Quem é a Senhora?”. 
Inicia-se a extraordinária história de uma das poucas aparições do século XX reconhecidas até agora pela Igreja.
 Com efeito, das cerca de 400 aparições marianas registradas no século XX, cerca de 12 têm reconhecimento do Vaticano ou dos bispos com jurisdição no local da aparição. Este reconhecimento deu-se em 29 de junho pelo bispo Augustine Misago, numa missa na catedral de Gikongoro, na qual estavam presentes os outros bispos do país e o núncio apostólico em Kigali, Mons. Salvatore Pennacchio. No mesmo dia o Vaticano publicou a notícia da aprovação, dando assim respaldo à declaração episcopal. 
Confusão: artifício do demônio
Quem pela primeira vez toma conhecimento das aparições de Kibeho nota que em torno delas se apresenta uma característica comum: a confusão. Em Kibeho, após ter aparecido a Alphonsine, Nossa Senhora ainda manifestou-se a outras duas moças, Nathalie Mukamazimpaka (entre janeiro de 1982 e 3 de dezembro de 1983) e Maria Clara Mukangango (que viu Nossa Senhora várias vezes entre 2 de março e 15 de setembro de 1982). A própria Alphonsine teve várias aparições até 1989. Estas, e as aparições às outras duas videntes, foram confirmadas pela autoridade eclesiástica.
É freqüente porém que, havendo verdadeiras aparições em determinado lugar, o demônio procure multiplicar o número de “videntes” e de falsas aparições para desacreditar as verdadeiras. Assim, surgiram pouco depois outras pessoas dizendo ter sido favorecidas por aparições sobrenaturais, começando então a circular todo tipo de supostas mensagens “celestes”. Houve até pessoas que, seguindo falsos visionários, chegaram ao suicídio coletivo...
As primeiras aparições — as verdadeiras — ocorreram na escola onde as jovens estudavam, despertando reações diversas, favoráveis e contrárias. No início, numerosas pessoas zombavam de Alphonsine. Uma das mais desconfiadas era Maria Clara, que depois, ela própria, foi favorecida por numerosas aparições. Com o passar do tempo, e tendo ocorrido várias conversões, foi aumentando a aceitação do fato sobrenatural.
Noção do pecado coletivo
O bispo Augustine Misago, numa missa da catedral de Gikongoro, reconheceu a veracidade das aparições
Em tão numerosas aparições, o que Nossa Senhora comunicou?
Essencialmente Ela pediu orações, a renúncia ao pecado, o arrependimento e confissão destes. E, ponto importante a ser notado, mostrou as consequências do pecado.
Hoje em dia, a maioria das pessoas considera que ser católico consiste em assistir à missa aos domingos e, quando muito, praticar em particular ou em pequenos grupos alguma ação religiosa ou social.
A ideia de que Deus deve ser reconhecido e cultuado pelos homens não só individualmente, mas pelo conjunto da sociedade enquanto tal, e de forma pública, está infelizmente desaparecendo. E a par disso vai se extinguindo em nossos contemporâneos a noção da gravidade do pecado coletivo. É por isso que numerosos católicos manifestam-se indiferentes quanto ao combate aos pecados coletivos, como a adoção legal do aborto, do homossexualismo, do laicismo, do ateísmo etc. Pensam eles que, não cometendo tais pecados particularmente, não têm outras obrigações, e com isso estariam isentos de qualquer castigo divino.
Entretanto, Nossa Senhora nessas aparições revelou as graves consequências dos numerosos pecados coletivos que se cometiam em Ruanda. Por exemplo, pouco antes das aparições, houve no país uma onda de destruições de imagens religiosas. Não consta que tenham sido praticados atos públicos em reparação por tais pecados.
Por isso, têm especial importância as aparições ocorridas no dia 19 de agosto de 1982, em que as videntes viram Nossa Senhora chorando. Elas também acompanharam o pranto da Mãe de Deus. Mais de uma vez, alguma delas chegou a desmaiar. No total, foram oito horas seguidas de visões.
Visão terrificante
Multidões em fuga, por ocasião das matanças profetizadas por Nossa Senhora nas aparições
Segundo as jovens, Nossa Senhora apareceu triste, contrariada, verdadeiramente “encolerizada”.
Alphonsine Mumureke contou que a Santíssima Virgem chorava. E as três jovens foram vistas tremendo, batendo os dentes e caindo por terra como mortas. Disseram elas ter visto “um rio de sangue, pessoas que se matavam umas às outras, cadáveres abandonados sem alguém que os enterrasse, uma árvore toda em fogo, um abismo escancarado, um monstro, cabeças decapitadas”. E contaram ter ouvido dos lábios da belíssima Senhora, envolta num traje esplendoroso, frases do tipo: “Os pecados são mais numerosos que as gotas do mar. O mundo corre em direção à ruína. O mundo está cada vez pior”.
Nesse dia, milhares de pessoas estiveram presentes no local das aparições. Todas saíram sob uma forte impressão de medo e tristeza.
Confirmação das visões
A última aparição de Kibeho, em 28 de novembro de 1989, ocorreu exatamente oito anos após a primeira. O bispo local nomeou uma comissão médica e outra teológica para investigar os fatos. Um santuário foi construído no local das aparições, tornando-se ponto de peregrinações.
Mas não se operou a conversão dos pecadores como Nossa Senhora pedira e, menos de cinco anos após a última aparição, caiu o tremendo castigo sobre aquela infeliz nação africana.
Entre abril e junho de 1994, ocorreu uma onda de massacres cuidadosamente planejada. Em Ruanda, onde quase metade da população se declarava católica, foi sendo cultivado, sob diversos pretextos, o ódio entre as duas raças principais que compõem o país: a dos hutus e a dos tutsis.
Invocando a morte do presidente do país em um atentado, 30.000 facínoras, aglutinados em torno de um partido, lançaram-se numa cruel caçada aos adversários. Aldeias inteiras foram massacradas, sendo a maioria das vítimas mortas a machadadas. Tantos corpos foram lançados no rio Kagera, que este ficou conhecido como Rio do sangue.
Pior. Numa terra já devastada por numerosas matanças, as igrejas haviam sido refúgios respeitados, onde as pessoas podiam se proteger para escapar às carnificinas. Mas desta vez isto não aconteceu. O próprio santuário edificado em Kibeho, repleto de refugiados — aproximadamente 4.000 pessoas — foi cercado pelos milicianos hutus. Estes lançaram granadas dentro do templo, mataram os sobreviventes a machadadas e queimaram os restos do edifício sagrado.
Uma das videntes, Maria Clara Mukangango, foi morta com o marido no povoado de Byumba.
No decorrer de três meses, milhares de pessoas foram massacradas. Até hoje o número exato é controvertido. Alguns falam em 250.000, outros chegam a calcular um milhão. A cifra mais provável gira em torno de 800.000 mortos. Verdadeiro massacre, classificado como “o maior genocídio africano dos tempos modernos”.
Advertência para todo o mundo
Numa das aparições, Nossa Senhora comunicou a uma das videntes, Maria Clara: “Quando falo contigo, não estou me dirigindo só a ti. Mas estou fazendo um apelo a todo o mundo”. A vidente narrou que a Virgem descrevia o mundo como estando “em revolta” contra Deus.
Dificilmente alguém pode negar tal afirmação. Os pecados dos quais Nossa Senhora se queixou em Ruanda são cometidos — e quantos até mais graves — em todo o mundo. Basta pensar na proliferação das legislações abortistas, e as do chamado “casamento” homossexual.
Vista aérea de Kibeho, em Ruanda
Se em Ruanda os pecados descritos por Nossa Senhora foram punidos com tanta severidade, os pecados coletivos que se cometem em nosso País não devem também atrair, no rigor da lógica, tremendos castigos divinos?
Seriam então tais considerações motivo para desânimo? Pelo contrário! Devem ser elas motivo para animar-nos a atuar com mais empenho em prol da restauração de uma sociedade plenamente católica. Se o castigo divino nos surpreender em meio a essa benemérita atuação, a misericórdia de Deus tomará isso em consideração, em nosso favor.

Referencias :
 “Radio Vaticana”, 30-6-01.
 “Avvenire”, Milão, 30-6-01, Sim, Maria realmente apareceu em Ruanda.
 “BBC”on line, Londres, 7-6-01, Rwanda, how the genocide happened.